O CNN Nosso Mundo que vai ao ar neste sábado, 9 de abril, às 23h45, fala sobre os efeitos devastadores da crise climática no planeta. O convidado é o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil, MapBiomas, para falar de temporais, inundações, secas e temperaturas extremas como sinais de alerta do clima. No debate com as apresentadoras Glória Vanique, Letícia Vidica, Rita Wu e Lia Bock, a pergunta que não quer calar é: será possível reverter o processo de avanço da emergência climática no mundo?
“A gente percebe, desde 1995 até hoje, uma redução na superfície de água do Brasil. O Pantanal perdeu 60% da superfície de água em 30 anos e essa seca possibilita o fogo; é uma sequência de fatores”, explica Azevedo. E essa degradação ambiental segue seu curso. O começo desse ano foi marcado por chuvas intensas, enchentes e desabamentos com a morte de centenas de pessoas na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Acontecimentos que enfatizam a importância de agir diante dos alertas da natureza.
No dia 18 de março, a comunidade científica ficou chocada quando uma estação de pesquisa na Antártica registrou uma temperatura de 11,5 graus Celsius negativos, 38 graus acima do normal, considerando que o lugar é o mais frio da Terra. Azevedo explica que no Brasil o desmatamento é a principal fonte de emissão dos gases que provocam o aquecimento global. Segundo ele, o país é o quinto maior emissor de gases do efeito estufa no mundo. “Nosso drama hoje no planeta é que, apesar de todas as resoluções, as emissões de gases poluentes continuam em uma trajetória de subida. Apenas 19 países do mundo têm uma trajetória de queda”, esclarece.
Azevedo alerta que não tem nada mais importante hoje para economia e o bem-estar no Brasil do que parar o desmatamento, porque 99% do corte de árvores é ilegal. “O estado tem que regular o que é do interesse coletivo”, afirma. E, para o futuro, diz que o país tem muito a oferecer ao mundo: “O maior potencial de energia solar, eólica, hidrelétrica e biomassa do mundo está aqui.”
Fonte: Assessoria.
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