Um grupo de organizações formado em resposta à crise sanitária pela qual passa o estado do Amazonas no início de 2021 lançou o “Manifesto pela vida!”, cobrando das autoridades locais a aceleração da vacinação e a disponibilização de renda básica para a população mais pobre no valor de R$ 500. No texto, o grupo aponta também a má gestão no combate à pandemia por parte dos governos federal e estadual.
O Amazonas registrou a terceira pior taxa de desemprego no país, em setembro de 2020, com mais de 300 mil pessoas sem emprego e outras 700 mil trabalhando na informalidade, segundo dados do IBGE. Apesar da redução da atividade econômica em decorrência da pandemia, a arrecadação do governo estadual seguiu em alta em comparação com o ano de 2019. O auxílio emergencial do Governo Federal foi encerrado no momento mais crítico da pandemia. Para evitar ainda mais sofrimento de parte da população, a frente ‘Amazonas pela vida’ também propõe a criação de um Projeto de Lei de renda básica emergencial.
A segunda onda de contaminações foi mais intensa e teve início no momento em que os governos Estadual e Federal tentavam convencer a opinião pública de que a pandemia já estava no fim, ainda que os dados e instituições científicas apontassem o contrário. O Amazonas entrou em alerta ‘roxo’ por colapsar todo o sistema de saúde de Manaus e de diversas cidades no interior do estado. Com mais de 200 mil casos confirmados e sete mil mortes pela Covid-19, o Amazonas sofre com a falta de oxigênio, de insumos hospitalares e de assistência social.
A melhor estratégia possível para conter esta calamidade seria o desenvolvimento de um plano de vacinação bem executado e que atinja uma cobertura de mais de 80% da população ainda em 2021. Contudo, a primeira semana de vacinação no estado mostrou desorganização, falta de transparência e sobretudo suspeitas de favorecimentos. Por isso, o manifesto é também por maior transparência na vacinação.
A coleta de assinaturas online tem o intuito de pressionar a adoção das medidas pontuadas no manifesto e colaborar para o início de um projeto de lei de iniciativa popular para implementação de uma renda cidadã, em Manaus e no Amazonas, que está em elaboração pelo grupo.
O manifesto pode ser acessado no site da iniciativa, e os três principais pontos são:
- A prefeitura de Manaus deve implementar em caráter de urgência um programa de renda básica para ajudar as famílias mais pobres a viver durante esse período de pandemia, com valor mínimo de R$ 500,00 mensais;
- O Governo do Amazonas implemente um programa estadual de apoio às famílias mais vulneráveis no Estado;
- Transparência na implementação do plano de vacinação com um cronograma nítido de cada etapa de imunização para acompanhamento da população.
Para ler na íntegra o documento, acesse: http://amazonaspelavida.info/
Fonte: Assessoria