Uma pesquisa realizada pela Nielsen mostra que, mesmo que 26% das pessoas nos Estados Unidos possuam alguma deficiência, apenas 1% dos anúncios de TV os mostram.
Na metodologia utilizada, a Nielsen baseou o número de pessoas com deficiência nos dados do Centers for Disease Control e seu número de anúncios em uma análise de mais de 450.000 anúncios em horário nobre que foram transmitidos na TV em fevereiro.
O marketing para pessoas com deficiência ganhou nova atenção nos últimos tempos, com a Unilever tendo vencido o Grand Prix de Innovation no Cannes Lions pelo desenvolvimento de desodorante para pessoas com deficiência visual e superior do corpo, case criado na Argentina, e a Schick lançando uma campanha de mídia social em torno de sua navalha.
Tendo em mente maior representatividade, agências como a Wunderman Thompson, da WPP, e Interbrand, da Omnicom, lançaram unidades especializadas com o objetivo de atender às necessidades das pessoas com deficiência. A Nielsen documentou recentemente um grande aumento na programação de entretenimento, mostrando pessoas com deficiência ao longo dos anos.
Porém, segundo a Nielsen, isso não mudou os retratos da publicidade. Os gastos com anúncios, incluindo pessoas com deficiência ou com temas relacionados à deficiência, totalizaram quase US$ 57 milhões em fevereiro, mas quase metade disso veio das indústrias farmacêutica e de saúde. Os anunciantes de saúde e hipotecas compõem a maior parte do restante.
“Embora o tratamento e o gerenciamento do cuidado sejam aspectos importantes da convivência com uma deficiência, é importante que a vida com deficiência seja vista como mais do que apenas prescrições. Os anunciantes têm a oportunidade de mostrar pessoas com deficiência no cotidiano, engajando-se com os produtos e serviços que as marcas oferecem”, disse Nielsen em publicação em seu blog.
Christina Mallon, chefe de design inclusivo e acessibilidade da Wunderman Thompson complementa no mesmo texto:
“Muitas marcas estão adotando a necessidade de se engajar e incluir pessoas com deficiência, mas quando elas as incluem em conteúdo criativo, precisamos ser vistas como somos — além de nossas deficiências — sem ignorar o fato de que temos uma”, defende.
Fonte: Meio e Mensagem
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