Isabella Botelho; 02/04/2021 às 11:00

Iniciativas de jornalismo independente 

Conheça 7 iniciativas brasileiras que merecem apoio

Nos últimos anos, diante do cenário político-social do país, assistimos ao crescimento exponencial de veículos de jornalismo independente. Com o objetivo principal de se posicionar ao lado dos direitos humanos e dar voz às minorias da população, que, na maioria das vezes, são silenciadas pelas empresas mainstream, a atuação das equipes destes veículos representam a garantia do direito à informação confiável para estas camadas da população.

De acordo com o mais recente levantamento do Atlas da Notícia, responsável por mapear veículos de jornalismo em território brasileiro, os desertos de notícias, espaços que carecem de presença do jornalismo local, diminuíram nos últimos anos na medida em que surgiram novas iniciativas digitais no país. 

Os desertos de notícias são, em geral, cidades pequenas, com população mediana de 7.100 habitantes. Essas localidades correspondem a 62,6% dos municípios brasileiros. Embora representem a maior parte do número de cidades, elas totalizam 37 milhões de pessoas,  ou seja, 18% da população nacional.

O levantamento também apontou que todas as regiões registraram queda no total de desertos de notícias (-5,9% em municípios e -9,6% na população desses desertos) e, ao mesmo tempo, aumento no número de veículos digitais catalogados (+1.170 em todas as regiões combinadas), com destaque para o Nordeste.

Após apresentar esse panorama, destacamos a seguir iniciativas jornalísticas brasileiras que merecem seu apoio:

  • Amazônia Real: sediada em Manaus, a agência de jornalismo independente tem como foco produzir reportagens sobre questões da Amazônia. Apoie o trabalho.
  • Rede Wayuri: Com sede em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, considerado o município brasileiro mais indígena, a Foirn articula ações em defesa dos direitos e do desenvolvimento sustentável de 750 comunidades indígenas na região mais preservada da Amazônia, na tríplice fronteira com Venezuela e Colômbia. Apoie o trabalho.
  • Marco Zero: coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público, com produção jornalística focada em três pontos principais: semiárido nordestino, urbanismo e relações de poder. Apoie o trabalho.
  • Agência Pública: fundada em 2011 por repórteres mulheres, a Pública é a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil. Apoie o trabalho.
  • Ponte Jornalismo: organização sem fins lucrativos criada para defender os direitos humanos através do jornalismo. Tem como objetivo ampliar vozes marginalizadas pelas opressões de classe, raça e gênero e promover a aproximação entre diferentes atores das áreas de segurança pública e justiça, colaborando na sobrevivência da democracia brasileira. Apoie o trabalho.
  • Agência Lupa: primeira agência de notícias do Brasil a se especializar na técnica jornalística mundialmente conhecida como fact-checking.
  • Alma Preta: agência de jornalismo especializado na temática racial do Brasil fundada em 2015 por comunicadores universitários com o intuito de impulsionar as diversas ações em curso de combate ao racismo no Brasil e com o objetivo de fortalecer as múltiplas identidades negras existentes no país. Apoie o trabalho.

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