
“Onde o som dos tambores ressoa como a voz da natureza e a melodia das maracas une céu e terra. Onde, na dança, o giro das saias imita o fluxo dos rios e o balanço dos braços evoca o voo dos pássaros.”
Com essa essência, o documentário “O Carimbó da Amazônia”, dirigido por Adriana Farias e Maxwell Polimanti, estreia na 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes neste sábado (1º), às 19h30, no Cine Petrobras na Praça, na histórica cidade de Tiradentes, Minas Gerais.
Filmado em Alter do Chão e Santarém, no Pará, o longa convida o público a descobrir a riqueza de uma manifestação cultural tradicional que pulsa como o coração da Amazônia, repleta de histórias, ritmos, lendas e ancestralidade. A obra adota uma abordagem sensível e poética, transportando o espectador para o universo do carimbó, reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil desde 2014.
Por meio de depoimentos de mestres como Chico Malta e Hermes Caldeira, além do grupo feminino indígena Suraras do Tapajós – o primeiro do tipo no país –, o curta-metragem mostra como o carimbó fomenta o turismo na região e transcende a arte, tornando-se um instrumento de resistência, educação ambiental e celebração da identidade cultural amazônica.
A força feminina no carimbó
O documentário também destaca a crescente presença feminina nos tambores, evidenciando como as mulheres têm ressignificado e perpetuado essa tradição cultural.
“A proposta foi fazer um filme que, além de retratar a riqueza artística do carimbó, também destacasse sua essência como um modo de vida, nascido da conexão entre seu povo e a floresta”, afirmou Adriana Farias, fundadora da produtora DOC.HIT e responsável pela direção, roteiro, produção e pesquisa do documentário.
Para Maxwell Polimanti, diretor de fotografia, montador e codiretor da obra,”O Carimbó da Amazônia” é uma oportunidade de conectar o espectador à alma da Amazônia por meio de imagens que dançam ao ritmo dos tambores e da natureza.
Apoio e exibição
Realizado com o apoio da Embratur, após ser selecionado entre mais de 400 propostas de todo o Brasil em um edital público, o documentário conta com a parceria e a divulgação da GVA, em colaboração com a LPM.World e o Bureau Mundo.
“Como mulher e profissional que acredita no poder transformador da arte, sinto um imenso orgulho em apoiar um projeto tão significativo”, destacou Gisele Abrahão, CEO da GVA. “Mais do que preservar uma tradição, ele amplifica as vozes femininas que mantêm essa cultura viva e a reinventam com novos significados. Iniciativas como essa fortalecem a identidade cultural do Brasil e evidenciam a potência da nossa arte para o mundo.”
Além das exibições de filmes, a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontece de 24 de janeiro a 1º de fevereiro de 2025, oferece uma rica programação cultural com workshops, debates, oficinas, cortejo da arte, mostrinha de cinema e shows, reafirmando seu papel como um dos principais festivais de cinema do Brasil.
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