O fotolivro “Sombras, Espaços e Reminiscências: lugares da memória” acaba de ser lançado. A obra conta com a série de fotografias “Espaços Perdidos em Manaus”, que aborda o abandono e saudosismo de espaços públicos de Manaus, e contém diversas reflexões sobre a produção das fotos e do livro.
A jornalista Eduarda Suily, autora da obra e das fotografias, também enfatiza que a necessidade de pensar no assunto é também uma questão de infraestrutura e segurança pública, além de reforçar a importância pessoal para cada indivíduo.
“Cada pessoa tem uma história no local da foto. As pessoas sentem falta de poder caminhar, passar tempo nesses lugares, sem se preocuparem com a possibilidade de um furto ou do desabamento da estrutura. O cidadão manauara quer voltar a ocupar esses espaços, quer reviver as memórias da juventude, sem ter medo”, afirmou Eduarda.
A obra é publicada pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (EDUA) e está disponível para compra por meio do site da Amazon. Acesse gratuitamente o fotolivro através do link: https://bit.ly/EDUA-SombrasEspacosReminiscencias.
De acordo com Ítala Clay, docente na Faculdade de Informação e Comunicação da UFAM (FIC/ UFAM), que incentivou a criação do projeto durante a disciplina de Fotojornalismo, a importância da série de fotografias é essencial para repensar a utilização de prédios e espaços públicos destinados à população.
“Percebe-se nesta busca, o uso da perspectiva jornalística, configurando-se no caminhar pela cidade de Manaus e, a partir disso, surge a possibilidade de acionar potências da memória, da leitura crítica do cotidiano e do exercício da cidadania deixando exposta a necessidade de atenção e cuidado com os prédios públicos”, destaca a professora.
Premiação e reconhecimento
“Espaços Perdidos em Manaus” venceu a categoria de fotojornalismo da EXPOCOM Norte 2024, premiação que valoriza os melhores trabalhos estudantis da área da comunicação. Agora, a série de 12 fotografias avança para a próxima fase, que será disputada entre os vencedores das demais regiões do Brasil. Eduarda Suily, vencedora do Norte da categoria, destaca que ganhar o nível nacional traria mais visibilidade para o projeto.
“Se essas doze fotografias vencerem a etapa nacional, significaria muito. O destaque, a relevância do trabalho… Acredito que todos os estados brasileiros compartilham dessa frustração de espaços públicos inutilizados. É algo que vai além do regional, e é preciso refletir sobre essa questão pública”, ressaltou.
O resultado deve ser anunciado em setembro deste mesmo ano, após a etapa presencial nos dias 3 a 6 de setembro em Balneário Camboriú (SC).
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