Filme ‘O Último Azul’, gravado no Amazonas e com elenco local, vence Urso de Prata em Berlim
Dirigido por Gabriel Mascaro e filmado em Manaus, Novo Airão e Manacapuru, longa também recebe prêmios do Júri Ecumênico e do jornal ‘Berliner Morgenpost’
O cinema brasileiro celebrou uma vitória significativa no último sábado, 22 de fevereiro de 2025, quando o filme “O Último Azul”, dirigido por Gabriel Mascaro, foi agraciado com o Urso de Prata no 75º Festival Internacional de Cinema de Berlim. Este prêmio, conhecido como Grande Prêmio do Júri, é considerado a segunda maior honraria do festival.
Imagem: Reprodução/Internet
Além do Urso de Prata, “O Último Azul” destacou-se ao receber outros dois reconhecimentos: o Prêmio do Júri Ecumênico, destinado a filmes que abordam questões espirituais e sociais, e o Prêmio do Júri de Leitores do “Berliner Morgenpost”, concedido pelos leitores do renomado jornal alemão.
Filmado entre maio e julho de 2023, “O Último Azul” teve suas locações nas cidades amazonenses de Manaus, Manacapuru e Novo Airão. A produção destacou-se por valorizar talentos locais, contando com mais de 20 atores amazonenses em seu elenco, incluindo Adanilo e Rosa Malagueta. Ambos representaram o filme durante o festival em Berlim, evidenciando a representatividade amazônica na produção.
O filme narra a história de Tereza, uma mulher de 77 anos interpretada por Denise Weinberg, que reside em uma pequena cidade industrial na Amazônia. Ao receber uma ordem governamental para se mudar para uma colônia de idosos, Tereza decide embarcar em uma jornada transformadora pelos rios amazônicos, buscando realizar um último desejo antes que sua liberdade lhe seja retirada. O elenco também conta com Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo.
Em entrevista à GloboNews, Gabriel Mascaro expressou sua gratidão em receber o prêmio e destacou a mensagem central do filme: “O Último Azul fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para achar significado na vida. Muito obrigado”.
Imagem: Reprodução/Internet
“Quando o cinema brasileiro independente recebe um reconhecimento dessa relevância, a maior vencedora é a nossa cultura. É emocionante representar o Brasil num filme que nos convida a reeducar o olhar para um tema tão urgente”, ressaltou Rodrigo Santoro, que integra o elenco, sobre a importância do reconhecimento internacional para o cinema nacional.
Com previsão de estreia nos cinemas brasileiros ainda em 2025, “O Último Azul” será distribuído pela Vitrine Filmes, trazendo ao público nacional uma narrativa que combina sensibilidade, resistência e reflexão sobre a liberdade na terceira idade.
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