Poliany Rodrigues; 16/04/2025 às 14:52

Estilista Helerson Maia inaugura galeria e ateliê no dia 28 de abril, em Parintins

Espaço reunirá moda, arte e cultura em um só lugar, com obras de artistas da região Norte

O artista visual e estilista Helerson Maia irá inaugurar no dia 28 de abril a Galeria e Ateliê Helerson Maia, um novo espaço dedicado à moda, arte e à cultura amazônica. Localizado na Avenida Amazonas, no prédio AM 2372 Center, em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), o espaço foi idealizado para abrigar não apenas suas criações autorais, mas também um acervo de obras de artistas plásticos da região Norte, com destaque para talentos do Amazonas.

“A ideia de abrir esse novo espaço surgiu do desejo de oferecer mais conforto aos meus clientes e de suprir uma carência de Parintins. São poucos os que se arriscam a investir nesse segmento com seriedade. Já tenho um ateliê equipado e cheio de arte, mas senti a necessidade de expandir e oferecer um ambiente mais adequado também para expor as minhas obras”, afirmou Helerson.

Foto: Divulgação

Reconhecido por seu trabalho como figurinista dos bois Caprichoso e Garantido, o estilista explica que a galeria foi pensada para proporcionar uma experiência de contemplação.

“A arte deixa a gente melhor. Esse espaço foi pensado para que as pessoas se sintam bem ao entrar, para que possam contemplar as criações artísticas e experimentar minhas peças com mais liberdade. Acredito que chegou o momento certo para esse empreendimento”, completou.

Com mais de 30 anos de carreira, Helerson Maia se consagrou como figurinista no universo do boi-bumbá, criando fantasias e figurinos para os itens oficiais dos bois, além de roupas para teatro e eventos. No mês de junho, período do Festival de Parintins, a produção se intensifica com a alta demanda por trajes temáticos e adereços usados em feijoadas, ensaios e no Bumbódromo.

Segundo ele, o trabalho vai além da estética: “Vestir um adereço de boi-bumbá é uma forma de se conectar com as raízes. Não é como usar um acessório de Carnaval, onde você é apenas um folião. Aqui, há uma relação com a cultura tribal, com a ancestralidade amazônica. É algo único do Amazonas.”

Foto: Divulgação

Atualmente, o foco de Helerson está na união entre tendências contemporâneas e raízes indígenas. 

“A moda é cíclica, assim como o boi-bumbá. As referências voltam. Eu acompanho vitrines, revistas e redes sociais, mas sempre com o compromisso de adaptar ao gosto do meu público, valorizando a estética amazônica. Para 2025, por exemplo, a tendência são peças mais enxutas”, revelou.

A produção no ateliê é constante e segue um calendário que prioriza o mês de junho. Algumas peças são feitas em um dia, como colares menores. Outras, mais elaboradas, como vestidos e sobreposições, podem levar semanas ou até um mês.

“Chamamos esse processo de ‘tempo de mesa’, que determina o prazo e o valor da peça. Produzimos cerca de 300 peças por temporada”, explicou o artista.

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